quarta-feira, fevereiro 07, 2007

O pato que queria ser bobo da corte!

Há muitos, muitos anos, quando o homem ainda vivia em cima das palmeiras e as rodas eram quadradas, nasceu um patinho.

O patinho era filho de uma pata católica (aqueles patos com a cabeça verde) e de pato desconhecido.

Era um patinho normal que gostava de coisas normais de patos, nadar, brincar com outros patos, comer maças, etc.

Aos 6 meses ficou órfão. A mãe não voltou nessa noite, uns dizem que foi uma raposa que a comeu, outros dizem o mesmo. O que é certo e que o pato teve que se desenmerdar sozinho. E foi isso que ele fez, e já com alguns anos descobriu aquilo que queria ser, bobo da corte. O que se tornou uma tarefa difícil primeiro porque era filho de patos, e segundo porque não havia corte. Mas ele não desistiu e um dia ouviu falar de Deus, um ser também conhecido por Pã que fazia milagres, e resolveu partir à sua procura para lhe pedir ajuda.

Mas o caminho era longo e teve que atravessar uma cidade.

Na cidade encontrou uma mulher que lhe perguntou onde ele ia e que o patinho respondeu com a sua historia e objectivo. No fim a mulher disse ao patinho:

- Sou uma mulher, companheira do homem de quem reconheço razão para a sua força mas não para a sua tremenda inteligência. Porque tem o homem de ser tão sábio e a mulher menos inteligente que um chimpanzé? Também eu quero ver esse Deus e pedir-lhe que me ajude a ser maior, um ser culto com importância no mundo.

Os dois partiram.

Depois de mais uns dias, meses ou anos a andar chegaram a uma praia onde encontraram uma foca que depois de os ouvir também esta se queixou.

-a minha vida é triste. Sou gorda, húmida, preta, tenho bigode e gosto de hip-hop. Não prevejo grandes feitos para alguém como eu. Por isso quero ver deus, quero que ele me ajude e que me dê uma importante missão no mundo.

Os três partiram.

Finalmente, depois de vários anos, chegaram aos bosques onde vivia Pã. Deus era metade homem metade carneiro e perguntou aos nossos amiguinhos o que eles queriam.

Eles contaram as suas histórias. A primeira foi a mulher, que lhe disse ao que vinha. Deus ouviu-a e no final respondeu.

- Como os rios correm para o mar, também a tua ignorância tem significância mulher. È de ti que a reprodução das espécies depende, se fosses inteligente gostarias de mulheres e assim a tua espécie ficava condenada. Apesar disso compreendo a tua situação e vou te tornar mais inteligente que um chimpanzé, assim já poderás votar e ter uma palavra a dizer na direcção do mundo.

Em seguida seguiu-se a vez da foca a que Pã respondeu.

-Gosto da tua ambição, queres ser importante no mundo e a única coisa útil que sabes fazer é equilibrar bolas no nariz. Pois bem a partir de agora irás equilibrar o mundo no teu nariz.

Por fim Pã dirigiu-se ao pato, depois de o ouvir.

-Reconheço e valorizo a tua humildade. É uma das tuas virtudes, bem como o teu aspecto. És muito apetitoso.

E assim, o pato que queria ser bobo da corte foi morto e cozinhado, mas foi também o responsável pela emancipação da mulher e pelo facto da terra ser redonda e não plana, equilibrada no nariz de uma foca preta de bigode.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Looll Tiago ta porreiro

xD

4:33 da tarde  

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