É verdade. Estava eu hoje a estudar na biblioteca da escola, e reparei que todos à minha volta estavam a ler. Só este facto já é estúpido e engraçado porque podiam, como eu, só estar a fingir que liam. Não era esse o caso, estavam mesmo a ler mas o mais perturbador era sim, o facto de sublinharem o mais importante à medida que liam os seus textos.
Parto agora do pressuposto que há dois tipos de pessoas: inteligentes e burros.
Partindo deste pressuposto posso concluir duas coisas:
1- No caso de serem burras, as pessoas sublinham aquilo que “acham” que é importante de forma aleatória, uma espécie de totoloto do conhecimento, onde as letras, com o lindo sublinhado de amarelo florescente, lhes ficam nas cabecinhas, porque no fundo todo o texto é importante.
2- Partindo do principio que as pessoas são inteligentes (o que eu acredito que são, geniozinhos iluminados que tentam, atitude de louvar, gastar e destruir (quando não conseguem gastar) todos os recursos naturais, para que as futuras gerações não tenham o problema que advém da sua gestão), o facto de sublinharem o texto não é um processo de, e agora vou usar um termo técnico, “pimponeta”, e que por isso faz algum sentido sublinhar e “tirar do texto os aspectos mais importantes” (como me disse um dos ningromantes que estava na biblioteca depois de eu o questionar para este trabalho cientifico). Este facto faz brotar em mim, qual erva daninha, a seguinte questão: “porque caralho (não queria usar uma asneira mas não resisti) é que escrevem e escrevem páginas e páginas de letras, palavras e frases, para uma pessoa retirar meia dúzia de ideias e opiniões que muitas vezes estão até estão erradas?”
È este o grande problema da sociedade, o de não serem simplicistas. Por isso criei o simplicismo (se já houver o meu pode-se chamar simpliciranianismo) da qual eu sou o criador (=’)) e grande precursor. Quando falarem disto nos vossos trabalhos têm que por à frente Crom (2007, p1). As pessoas têm de ser mais simpliciraninanistas, como eu já o sou, por exemplo, apenas como com o garfo e conduzo só com a primeira mudança (para quê “encavalar” outras?). Já é tempo de mudar mentalidades e tomar atitudes. É de extrema importância simplificar. O que acontece é que não tarda muito (espero eu) estão mortos e imediatamente antes de tal acontecer, se por acaso de tal facto tivessem conhecimento, iriam reflectir sobre a vossa vida e chegariam à conclusão de que tinham passado a maior parte dela a fazer coisas inúteis.