sexta-feira, dezembro 16, 2011

PXT – A culpa é do Amor!

Há pensamentos/acontecimentos que me perseguem, com os quais eu vou ter de conviver o resto da vida (felizmente que não acredito na reencarnação, que no meu caso mais não seria do que uma constante transposição das barreiras da depressão lol).

Um exemplo disto são os naturais dilemas existenciais, desde muito cedo fiquei perturbado pelos indivíduos, quais demónios, que pregam a vida eterna, como se eternidade fosse realmente uma coisa boa ou minimamente reconfortante. O tipo de reflexão que nos faz sentir que partilhamos a nossa existência com um bando de loucos (sem querer com isto ofender os verdadeiros loucos, pelos quais tenho a maior estima). Felizmente este pensamento foi-me atormentando cada vez menos com o passar dos anos. Fui também desenvolvendo “técnicas” para evitar este tipo de reflexão que nos levam, invariavelmente, a lado nenhum.

Sou também perseguido por atitudes e decisões que tomei e que agora, tremendamente menos irracional, não consigo compreender. É por situações como esta que acreditar no destino se torna extremamente reconfortante na medida em que faz parecer a nossa vida menos ridícula. Contudo, acreditar no destino (que não a morte) é tão ridículo como acreditar Pai Natal ou no aquecimento global. Na verdade, quando me relaciono com pessoas que levam a sério a astrologia sinto-me um verdadeiro primatólogo.

Outra perseguição da qual eu sou vítima é a de uma música (se é que me é permitido classificar tal coisa deste modo). Há já bastantes anos que tive o “previlégio” de a ouvir pela primeira vez e desde então é algo que recorrentemente me assombra e que duvido que alguma vez na minha vida consiga esquecer ou superar completamente.

Hoje foi um desses dias, em que me veio à memória a música. É certo que podia continuar o dia como se nada fosse mas pensei para mim, como bom ser humano que sou, porque não partilhar com as pessoas que não me dizem nada (aka toda a gente)? Por esta razão, aqui exponho uma música que irá revolucionar as vossas vidas. Garanto que nunca mais serão os mesmos.


quarta-feira, dezembro 14, 2011

Estou, um pouco, de volta

Peço desculpa por ter andado desaparecido. Esta ausência deve-se ao facto de estar a atravessar um período complicado na minha vida. Estou desde Março desempregado e desde então têm sido meses complicados para mim, se não contarmos com o verão e início de Outono em que tirei uns dias de férias. Eu sei que soa irracional querer trabalho, mas é a sociedade que temos. O que mais me revolta nesta situação é mesmo não poder fazer greves. Já me disse várias vezes que sempre posso participar em manifestações, mas não é a mesma coisa. Em primeiro, não tenho o prazer de faltar a um dia de trabalho, por indignação. Principalmente se tivermos um trabalho que exija grande esforço (no sector público penso que não existam muitos) ou se formos motoristas/maquinistas de transportes públicos e assim importunarmos a vida de muita gente. É que algumas greves, como a dos professores, o único impacto que têm é o de deixar os outros alegres e essas, obviamente, pouco prazer darão. Em segundo, as manifestações já não são aquilo que foram no passado, como a de Rosa Parks ou a grande pirâmide de soutiens em 1968.

Apesar de ter estado sempre na condição de desempregado, tive, contudo, uma breve incursão pelo mundo da música, tocando harmónica na missa. No entanto este projecto terminou prematuramente ao ser expulso da igreja por estar a “importunar” a cerimónia e por não fazer parte do coro da igreja. É por estas, e por outras, que me custa acreditar em Deus, Moisés, nos Faraós, etc. Mas não vou estar a desenvolver este tema aqui. Na verdade quem me conhece sabe que eu não sou muito de desenvolver coisas, em geral. Na verdade eu não gosto de nada que envolva esforço físico ou mental.

Para além de todas estas desgraças, pela primeira vez em 25 anos o meu número de amigos reais é inferior ao de imaginários. Entrei num verdadeira espiral decadente e não consigo conciliar mais a minha falta de paciência com os relacionamentos sociais. Por outras palavras, cada vez menos consigo fazer o esforço de comunicar com terceiros. Por um lado estou cada vez menos hipócrita, por outro lado estou cada vez mais sozinho. Espero que com isto, pelo menos, tenha direito a receber o Rendimento de Inserção Social.

Isto tudo apenas para aqui escrever alguma coisa. Como fazem ideia não tenho tido muito tempo livre. Espero em breve voltar em força e com um mínimo de qualidade. Este post é também dedicado à Florbela que comentou o nosso blog sem, por mais incrível que possa parecer, se chocar ou nos insultar, que por aqui já depreendo que seja um ser humano fantástico, mesmo sendo feminino (à partida. Pelo menos, pelo seu bem, espero que o seja).

Escusado será também dizer que não reli o que escrevi. Erros ortográficos e frases sem sentido são, portanto, expectáveis.

Um abraço a todos.